Por Marcio Souza
Parece que a cada ano surge uma nova epidemia de
“faça isso ou aquilo” para se alcançar “uma boa qualidade de vida”. Dentre as
inovações, o Reiki, uma espécie de massagem pela imposição das mãos, é a última
moda entre os artistas e demais personalidades brasileiras. A posição dos
militantes desse movimento é extremamente ousada. Certo comentarista dessa
técnica afirma que seu fundador, Mikao Usul, conseguiu recuperar as técnicas de
cura utilizadas por Jesus em seu ministério terreno.
Será que esse
movimento tem algum fundamento cristão? Não! Como veremos, não existe nessa
corrente religiosa nenhum indício dos ensinos de Cristo, pois o Filho de Deus
jamais usou de técnicas para curar as pessoas, tudo o que fez foi pelo poder e
autoridade de Deus.
É incrível, mas cada movimento oriental que surge
insiste em afirmar que encontrou algum tipo de solução para os problemas que
afligem a humanidade. E, para arrebanhar adeptos, apontam para o interior do
homem que está sempre em busca de toda e qualquer resposta para os seus dilemas,
seja da mente ou do corpo. As formas esotéricas para a solução dos problemas
humanos são diversas. Entre elas, a meditação e a meditação transcendental. A
primeira é feita com ajudas externas, como a música e a visualização. A segunda
só é bem-sucedida pela respiração ritmada, pelo esvaziamento, pelo êxtase e pela
recitação de mantras.
A ioga, a acupuntura e o feng shui também são
métodos utilizados nesse processo. Outros canais externos são o uso da urina,
das terapias da luz, do vento, da música, das cores e dos líquidos. O incenso é
utilizado pelos esotéricos como um canal de energização.
Segundo os
místicos, existem também, fora os externos, os canais internos no corpo dos
pacientes pelos quais podem captar e/ou emanar energia vital. Esses pontos são
chamados de chacras – aliás, diversos movimentos espíritas usam os mesmos pontos
e, quando não, a mesma nomenclatura para defini-los. Seria apenas coincidência
ou tais movimentos têm as mesmas raízes?
A técnica
esotérica
Reiki é a energia vital (Ki), direcionada e mantida pela
sabedoria universal (Rei). “É a energia natural, harmônica e essencial a todo
ser vivente”, afirmou uma revista sobre terapias alternativas ao comentar a
respeito desse movimento.
Os “reiquianos” dizem que uma energia vital
ocupa e abrange todo o corpo humano. Segundo eles, é justamente essa energia que
possibilita, enquanto dormimos, o trabalho vital de respiração, irrigação e
batimentos cardíacos sem a nossa consciente intervenção. Esse corpo etéreo deve
ultrapassar o corpo físico em aproximadamente 2,5 centímetros. Quando algo está
errado, ou seja, quando sentimos em nossa própria pele que não estamos bem, por
um órgão ou parte do corpo não está cumprindo suas funções harmonicamente,
paramos para cuidar dessa parte do corpo. Percebemos então que a saúde é
justamente o estado de perfeito funcionamento dos órgãos do corpo em si mesmo e
em seu conjunto, e que a dor é um grito de socorro desesperado do corpo para que
possamos agir.
Afirmam que esse corpo vital, etéreo, é responsável pela
absorção da energia vital adquirida pelos chacras, pontos que captam e emanam
energia que interage com a natureza. Para o equilíbrio do corpo etéreo com a
energia vital (Ki) é necessário obter a sabedoria universal (Rei) que se
manifesta na interação com a natureza.
O Reiki é aplicado pela imposição
das mãos a uma distância de três a cinco centímetros entre o paciente e o
aplicante. Todo o processo não dura mais do que cinco minutos e as mãos do
aplicador devem estar em forma de concha. No final, é feito um ritual para
“fechar” o campo áurico do paciente. Em seguida, o aplicante lava as mãos com
água fria e corrente para purificá-las.
Os objetivos das aplicações do
Reiki, entre outros, são: curas físicas, combate ao estresse e ativação da
concentração e do raciocínio. Alguns astros e estrelas televisivos têm procurado
o movimento e testemunhado que, após as aplicações, alcançaram maior
concentração mental e capacidade para resolver questões pessoais, além de melhor
qualidade de vida.
Os deuses do Reiki
Os “reiquianos”
compartilham os ícones de seus ensinamentos com qualquer cultura ou movimento
religioso. São adeptos do ecletismo e do sincretismo, pois aceitam os ensinos
ocultistas de outras correntes religiosas. A técnica “reiquiana” pode ser
interpretada como sendo a emanação de um deus pessoal ou impessoal. E o mais
absurdo é que seus mentores alegam que Jesus é a fonte espiritual dessa
técnica.
A “sabedoria universal”, afirmam, “pode ser invocada com outros
nomes”. A saber: Fonte Primeira, Deus ou Deusa, Criador, Aquele que é, a Chama,
o Buda, o Cristo, o Brahma, a Ordem Natural, o Todo, Tupã e Energia”. Tudo vai
depender da forma como ela é venerada e conhecida em cada cultura mundial
mediante seus ídolos. Prana, para os hindus; Chi, para os chineses; Ka, para os
egípcios; Pneuma, para os gregos; e Nefesh, para os judeus. E prosseguem. Na
Polinésia ela é conhecida como Mana e os russos a identificam como bioenergia.
Para os alquimistas ela é o Fluido da Vida e para os cristãos, Luz ou Espírito
Santo.
Suas divindades podem ser identificadas com quaisquer ídolos que
tenham afinidade. Essa possibilidade na prática do Reiki traz uma espécie de
“desencargo de consciência”. Isto é, “não vou ferir minha devoção se posso
identificar meu deus (ou ídolo) como emanador dessa energia”. Chamamos esse
procedimento de sincretismo religioso.
Assim como os ecologistas
místicos, os “reiquianos” também crêem que a terra é a “Grande Mãe”, com
influência mística. Essa influência é conhecida no Reiki como Karuna Reiki, o
aspecto feminino da energia vital. Na China, essa influência é simbolizada pela
mãe Kuan Yin. Na Índia, ela é conhecida pelo nome de Avalokitesbuara. No Tibet,
é chamada de Chenrezig. No Japão, de Kannon. E aqui, no Brasil, existem dois
ícones: Nossa Senhora Aparecida e Iemanjá.
Segundo esse movimento, a
influência feminina, dócil e compassiva de Karuna Reiki traz paz de espírito.
Será?!
Os “reiquianos” consideram que todas as culturas acharam, em suas
respectivas civilizações, a mesma fonte de sabedoria e residência da energia
vital. Bem, se isso for verdade, o que o Reiki oferece de novo? Nada.
Por
tudo que vimos, parece que o Reiki nada mais é do que um movimento espírita e
ecumênico em sua prática e ensino. As curas por imposição de mãos, recurso tão
peculiar nessa religião, podem ser atribuídas tanto a Iemanjá quanto a Maria
(ídolo católico). Ou, então, a Buda ou ao Jesus da Cristandade. Para os
“reiquianos”, não importa a origem das forças ocultas que atuam em suas
sessões.
Visão holística: ferramenta da Nova Era
Os
“reiquianos” dizem que o homem deve ser estudado de forma global: mente, corpo e
espírito. Esse ponto de vista indica que a pessoa interage com a natureza e que
sua disposição mental está intrinsecamente relacionada à saúde do corpo. A idéia
é de que somos “um” com o universo, ou seja, que o universo, a mente, o corpo e
o espírito interagem ou podem estar desequilibrados, causando doenças e outros
distúrbios. Todos os tratamentos medicinais para essas doenças ou distúrbios são
apenas soluções paliativas, porque não alcançam a causa do problema. Então,
entra a propaganda mística de que a visão holística proverá milagres! –
“alcançará as causas e trará equilíbrio ao corpo, fazendo cessar os sintomas”,
afirmam.
De acordo com os mestres holísticos, o tratamento ideal é
permitir que o corpo “fale” e transmita o método apropriado para o tratamento.
Um dos conselhos desses mestres é: “Uma viagem; uma perspectiva de si mesmo mais
suave; ou mesmo procurar um padre ou um médium ou mesmo um médico – mas deixe
seu corpo opinar”.
Tal conselho, no entanto, não é sábio, pois, segundo
os princípios bíblicos, devemos averiguar as fontes de nossas orientações. Além
disso, confiar no sentimento interior para uma decisão tão importante é algo
gravíssimo. O nosso coração é enganoso (Jr 17.9), e quando confiamos apenas nele
dificultamos e embaraçamos a nossa vida.
Um pouco da história do
Reiki
Seu fundador é Mikao Usui, monge japonês e estudioso das
religiões que procurava respostas para a técnica de cura usada por Jesus. Mikao
percorreu parte da China e da Índia em uma busca incessante desse método. Sua
procura foi interrompida no Japão, em um monastério budista, onde supostamente
encontrou o que tanto procurava. A descoberta que fez, no entanto, não lhe
proporcionou as verdades e práticas espirituais que transformam o homem caído em
uma nova criatura diante de Deus.
No monastério budista, Mikao achou
alguns escritos “reiquianos” que ensinavam técnicas de cura. “Uma coisa era
conhecer a técnica, outra era saber como ativar a energia necessária à aplicação
da técnica”, afirmou o próprio Mikao Usui. Foi então que decidiu meditar e
jejuar. Subiu ao monte Koryama, no Japão, onde passou 21 dias em meditação. No
último dia, foi atingido por uma luz no chacra do terceiro olho (parte frontal
da testa) e visualizou a formação dos símbolos do Reiki. Depois da “visão”,
ficou inconsciente por algum tempo. E chamou essa experiência de sinal. Seria,
então, o primeiro sinal de uma série deles que comprovariam que de fato havia
conseguido ativar a energia.
Ao descer do monte, ele feriu um dos dedos
do pé e, ao passar a mão no local, foi curado. Seria esse o segundo sinal. O
terceiro sinal diz respeito ao fato de haver conseguido comer uma modesta
refeição depois de passar 21 dias em jejum. O quarto sinal está relacionado à
cura de um atendente que sentia forte dor de dente. O homem alcançou o alívio da
dor assim que Mikao passou a mão pelo seu rosto. O quinto e último sinal que o
consagrou como portador do conhecimento “reiquiano” foi a cura, em um
monastério, de um colega e mestre que sofria de artrite.
Durante suas
expedições, Mikao ficou abatido ao descobrir que suas “curas” eram superficiais,
ou seja, as pessoas não alcançavam uma mudança espiritual, como aparentemente
ocorria no corpo. Inicialmente, as pessoas se arrebatavam com a cura alcançada,
mas logo estavam novamente envolvidas com as mesmas dificuldades anteriores e,
então, o abandonavam. Daí, Mikao concluiu que precisava atingir a mente de seus
pacientes e não apenas o corpo.
Mikao morreu em 1930 e deixou alguns
discípulos. Esses seguidores foram influenciados pela escola Tendai, movimento
budista tântrico japonês cuja base é o estudo do Ko-fo, arte iogue de respiração
e meditação para controlar as energias básicas do corpo.
Oito anos depois
de seu falecimento, uma havaiana chamada Hawayo Takata submeteu-se a um
tratamento pelo Reiki e foi curada de sua moléstia. Após o “milagre”, ela foi
para o Japão, onde passou alguns anos aprendendo a técnica com Chujiro Hayashi.
Voltou para o Havaí e começou a ensinar e a divulgar o Reiki no
Ocidente.
Prática de espiritismo no Reiki
Não podemos nos
esquecer de que o Reiki é um movimento eclético. Mistura seus procedimentos e
conceitos com os procedimentos e conceitos de outras religiões, como, por
exemplo, o espiritismo e o budismo. E não apenas isso. Se necessário, usa as
mesmas nomenclaturas. Quando um movimento lança mão dessa artimanha,
simplesmente o faz unilateralmente. No nosso caso, os cristãos, não
compartilhamos nem emprestamos nossos conceitos e terminologias a outros
segmentos religiosos. O objetivo do Reiki ao esforçar-se dessa maneira é tornar
seu ensino mais “digestivo” para os incautos que desconhecem a verdadeira fé
cristã.
As práticas e conceitos espíritas que encontramos no Reiki
demonstram o quanto esse movimento é perigoso. Segundo seus adeptos, o
desenvolvimento de doenças físicas ou emocionas que aparecem no corpo é
provocado por lesões como fissuras e obstruções que desequilibram ou desalinham
os chacras. E de que maneira os chacras podem ser restaurados e/ou renovados?
Pela meditação, pelo passe espírita, por encantamentos, além de outros métodos
que os energizam.
A energia Reiki (ou qualquer outra fonte espírita),
segundo seus adeptos, alinha e restaura o equilíbrio dos chacras,
harmonizando-os. Somente assim o paciente receberá a energia da natureza sem
nenhum tipo de obstrução. Tal energia é adquirida por meio da luz, do ar, da
água, da terra, dos antepassados e das pessoas que cercam o
paciente.
O Reiki à luz da Bíblia
A seguir, apresentaremos
os conceitos desse movimento e depois consideremos as respostas
bíblicas.
• Os “reiquianos” afirmam que as pessoas conseguem evitar os
distúrbios buscando o equilíbrio consigo mesmas e na natureza. O pecado não
existe. Nas culturas orientais é comum os ensinos espíritas que procuram anular
a consciência do pecado, pois atribuem os distúrbios de caráter, as doenças
físicas e espirituais, as deficiências e a morte ao desequilíbrio com o meio
ambiente. Por isso os “reiquianos” buscam o equilíbrio nas práticas esotéricas e
em si mesmos a fim de obterem paz e saúde duradoura. Como o pecado para eles não
existe, concebem a idéia de que a humanidade caída não herdou nenhum pecado
original.
Resposta apologética: Em Gênesis 3.17b, as Escrituras confirmam
que houve de fato um desequilíbrio no meio ambiente: “maldita é a terra por
causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida”. Todavia, devemos
ficar atentos a um detalhe: o pecado (queda espiritual) foi a causa desse
desequilíbrio, não o inverso. Houve um pecado original, real! E podemos
localizá-lo no tempo e nas ações do primeiro casal (Gn 2.17). Adão e Eva
desobedeceram ao Senhor e atentaram contra a sua soberania ao comerem do fruto
proibido, símbolo do conhecimento do bem e do mal. E, por causa desse delito, o
homem distanciou-se de Deus.
As conseqüências do pecado de Adão e Eva não
demoraram a acontecer: 1. Guerra espiritual entre o homem e o diabo (Gn
3.14,15). 2. Insuficiência e deficiência no corpo humano: a dor tornou-se
constante (Gn 3.16). 3. Desequilíbrio na família humana (Gn 3.16). 4.
Desequilíbrio social (Gn 3.17). 5. Desequilíbrio dos ciclos naturais (Gn
3.17-19). 6. A morte física (Gn 3.19). 7. E, finalmente, a morte espiritual, ou
seja, a separação eterna do Criador (Gn 3.22).
Aparentemente, a pena da
condenação ultrapassou, em muito, o ato do pecado cometido pelo primeiro casal.
Devemos entender que Deus olha o pecado sob uma perspectiva diferente da nossa.
Ele não vê apenas o ato isoladamente, mas todas as implicações relacionadas ao
pecado. Além disso, qualquer pecado separa literalmente a pessoa de Deus. É uma
questão moral que afeta a justiça e a santidade de Deus, como Juiz e Criador.
Apesar de tudo, a humanidade não ficou à mercê do juízo sem que tivesse uma
oportunidade de libertação. O próprio Senhor foi quem providenciou esse meio de
libertação ao prometer um Descendente (Jesus Cristo) que triunfaria sobre o
diabo e suas artimanhas (Gn 3.15). Essa provisão divina ‘cobriria’ os efeitos
daninhos do pecado (Gn 3.21) e traria novamente o paraíso. Ou seja, a presença
de Deus na vida do homem (Ap 21.3-5). Somente por esse Descendente prometido é
possível ao homem decaído alcançar a paz universal e pessoal com Deus (Fp
4.7).
Quanto à ecologia, reconhecemos seus méritos. E, como cristãos,
devemos colaborar com a preservação da natureza, mas tais medidas não solucionam
o problema em sua raiz – a queda da natureza humana. Embora apoiemos as medidas
ecológicas, e incentivemos o contato recreativo com a natureza, não atribuímos,
porém, influência mística à natureza. A natureza é criação de Deus, e deve ser
cuidada e preservada, mas não adorada (Rm 1.20-23).
• Segundo os
“reiquianos”, o homem tem poder em si mesmo e deve desenvolver esse poder. E,
seguindo esse raciocínio, muitas culturas pagãs divinizam o homem. Algumas
divinizam seus líderes. Outras, seus mortos. A cultura oriental geralmente
encontra respostas para suas questões em si mesma. “O ‘eu’ superior deve ser
buscado, temos poder criativo que deve ser desenvolvido e usado a favor do
desenvolvimento e da evolução humana”, prega a doutrina Reiki. Ainda seguindo
essa mesma concepção, a divinização do homem é uma crença predominante nas
culturas orientais e inclui a idéia da evolução das espécies a ponto de
alcançarem habilidades sobrenaturais.
Resposta apologética: As Escrituras
declaram um caminho diametralmente oposto: o homem está decaindo, não evoluindo.
O homem foi criado perfeito, logo, era digno diante de Deus. Mas, ao pecar,
decaiu espiritual e moralmente (Dt 32.5). A trajetória humana desde a queda é
negativa e está conduzindo cada vez mais o homem ao caos. Hoje, assistimos de
perto aos avanços da tecnologia e de todas as áreas do conhecimento humano, mas
esses avanços “mecânicos” não têm contribuído para solucionar os problemas
sociais e espirituais da humanidade. O interesse humano em conhecer-se a si
mesmo não tem resolvido suas questões primárias, e muito menos as questões mais
complexas dos relacionamentos sociais.
A alma humana tem algum poder para
curar a si mesma e aos outros? Obviamente que não. É verdade que o homem fora
criado por Deus com habilidades naturais sociais superiores às habilidades dos
animais irracionais. E, devido a essas habilidades, o homem tem condições para
crer e buscar o Criador e receber dele suas provisões. Mas isso não significa
que o homem, baseado em sua capacidade espiritual, possua poderes sobrenaturais
em si mesmo. Não pode absorver nenhum tipo de energia por meio de mantras, rezas
ou símbolos do ocultismo. Portanto, as habilidades propagadas pelas artes
orientais são questionáveis.
O ocultismo e todos os seus segmentos são
vistos pelas Escrituras como diferentes formas de feitiçaria. As manifestações
espíritas são as mesmas, quer seja no candomblé ou no vodu praticado na Nigéria,
quer seja em um transe kardecista ou em uma manifestação de um xamã ou por meio
da ioga. Em todas as experiências ocultistas os poderes manifestos não provêm da
alma, mas da possessão de entidades que se autodenominam mentores da luz, cujo
principal objetivo é a destruição moral e espiritual da humanidade.
• O
ensino Reiki afirma que a origem das emanações pode ser atribuída a diversos
ídolos e deuses, inclusive ao próprio Cristo. Os movimentos orientais e
ocidentais, principalmente a Nova Era, não se preocupam em determinar a origem
(ou fonte) de suas forças místicas. Sua identificação com outros deuses, ídolos
ou poderes impessoais é algo natural, ou pelo menos uma forma de manter uma boa
política.
Resposta apologética: O ecletismo e o sincretismo são vistos em
nosso mundo globalizado como algo simpático, ou seja, como a velha filosofia da
boa vizinhança. Mas as coisas não são tão simples assim. Primeiramente,
precisamos entender que qualquer tipo de feitiçaria, misticismo ou mediunidade é
condenado nas Escrituras. A busca de poder em si mesmo ou em coisas criadas é
vã. A Palavra de Deus ensina que a humanidade distanciou-se de Deus devido à
confiança em si mesma. A oferta: “e sereis como Deus” (Gn 3.5) era falsa. De
forma nenhuma imputou evolução ao homem, mas degradação moral, espiritual e
física.
O Criador dos céus e da terra se revelou por meio de sua Palavra.
A Bíblia Sagrada é um livro ímpar, ou seja, único. Nenhum outro livro
considerado sagrado (os Vedas do hinduísmo, os Três Cestos do budismo, as
inscrições egípcias, entre outros) traz revelações sobre a origem do homem, sua
situação atual e seu futuro. Somente a Bíblia fornece tais informações. Além
disso, a Bíblia revela um Deus único e real que criou e se preocupou com sua
criação, orientando e punindo o homem, mas também fornecendo um caminho de
salvação por meio de um único Mediador, Jesus Cristo. As credenciais do Messias
são claramente fornecidas no Antigo Testamento e devidamente cumpridas no Novo
Testamento.
A Bíblia fala da existência de um único Deus e Salvador,
Jesus Cristo. E também do culto único ao Criador, excluindo divindades
intermediárias, exaltação do ser humano, atribuições de poderes místicos e
curadores a objetos, sinais esotéricos e quaisquer meios materiais de
purificação espiritual. A mediunidade espírita (ou interação com entidades
espíritas) e o culto a ídolos também estão fora das páginas sagradas. As
Escrituras não aceitam o sincretismo religioso.
Em 1 Samuel 5.1-4, temos
um exemplo que demonstra o costume eclético das religiões pagãs. Lemos no texto
em pauta que os filisteus tomaram a Arca da Aliança de Israel e trouxeram-na a
Asdode, na casa de Dagom (deus filisteu). Ao agir dessa forma, os filisteus
estavam dispostos a adorar tanto o seu deus quanto a qualquer outro deus
associado. Mas o Senhor Deus reprovou essa atitude jogando ao chão a imagem de
Dagon que, além de caído, estava decapitado e sem as mãos. Esse julgamento
condenatório demonstra que o único Deus não comunga com o sincretismo e o
ecumenismo.
Além do Todo-Poderoso, não existem outros deuses ou
mediadores. Por isso a Bíblia proíbe o sincretismo e o ecumenismo. Quem são os
supostos mediadores e ídolos das nações? A Palavra de Deus responde: “Antes digo
que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a
Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios” (1Co
10.20).
Por ser um movimento eclético, o Reiki apresenta os mesmos
conceitos hindus, espíritas e esotéricos sobre os chacras e suas funções. Veja o
quadro.
FERRAMENTAS SEMELHANTES NO REIKI E NO
ESPIRITISMO
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Chacra
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Localização do chacra
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Reiki, espiritismo, hinduísmo e esoterismo – têm o mesmo conceito
sobre a função do chacra.
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Frontal
|
Entre as sobrancelhas
|
A porta do discernimento, da intuição, da imaginação, do
conhecimento e da percepção. Rege os olhos e a memória.
|
Laríngeo
|
Garganta
|
É por onde flui a inspiração, a criatividade, a comunicação e a
expressão com o mundo. Rege o pescoço e os ombros.
|
Cardíaco
|
Tórax, entre a 4a e
a 5a vértebra
|
As energias de abundância e todas as energias recebidas pelo
primeiro e segundo chacras são utilizadas nesse centro em energia de amor. Rege
o pulmão, o coração, os braços e as mãos.
|
Plexo Solar
|
Região lombar, acima
do umbigo
|
É
o centro que reúne informações, sentimentos e percepções e depois os espalha e
movimenta por todo o corpo. Rege o sistema digestivo, o fígado, o baço, o
estomago e o intestino.
|
Coronário
|
No alto da cabeça
|
É o portal da espiritualidade pelo qual nos ligamos ao
universo.
Rege o cérebro.
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Sacro
|
Órgãos genitais
|
Energias primárias como a paixão fluem por este chacra.
Rege os rins, o sistema reprodutor, o circulatório e a
bexiga.
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Básico
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Final da espinha dorsal
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Está relacionado à
vontade de viver, ao corpo e à terra. Segurança física e emocional. Rege as
pernas, os pés e os
ossos.
|
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Vocabulário utilizado no
Reiki
|
Chacras
|
Pontos circulares
que comunicam emanando e recebendo energia. Literalmente quer dizer “roda” ou
“círculo”.
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Cho Ku Rei
|
É o universo se
transformando a cada instante. É o que traz a energia para o mundo físico. É o
símbolo do poder.
|
Dai Koo Myo
|
Incorpora a energia do chacra, trabalha o alinhamento
com o espírito e é o símbolo da capacitação.
|
Hon Sha Zé Sho Nen
|
É o símbolo que
funciona como ponte entre as dimensões. É o caminho sem tempo e espaço entre a
matéria densa e o etéreo e entre o passado, o presente e o futuro. Age sobre o
corpo mental consciente e sobre o carma.
|
Ra Ku
|
É a ligação com o
aspecto divino do ser, símbolo da purificação.
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Sei He Rei
|
É a unidade e a
correspondência, do céu e da terra, do que está em cima e do que está embaixo,
da matéria e do espírito, age sobre o corpo emocional, o mundo, o carma e a
vida. Libera emoções. É o símbolo do
equilíbrio.
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